Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: http://archivo.elfaro.net 

 

ALFONSO QUIJADA URÍAS

 

Também conhecido como Alfonso Kijadurías.

 

(Quezaltepeque, 1940-   )

 

Poeta e narrador.
Publicou Poemas (1967), Los Estados sobrenaturales y otros poemas  (1975) y Fundación de poetas (1980).

 

 

 

MI PRIMER VIAJE A SAN SALVADOR

 

Un  tren  a San Salvador,  aquel año, leyendo  los 
itinerarios  de mi  país.
Viendo  los cerros, los niños  acurrucados,
el polizón metido  en el excusado

y madre frente a mí  como Madame Bovary:
Hermoso fue  mi país visto  en tren
con sus mendigos en cada estación olorosos

           a. estiércol,

y sus ríos cargados de cadáveres
corriendo río abajo.
Fue el primero y mejor de los viajes,
madre señalaba los clavelones,
Lejos reían extenuados los asaltantes de caminos,
—Alfonso, te gustará la basílica— preguntaba
mi madre,
y yo cargaba con
la fiebre de las imágenes hermosas
de mi país.
Allí en los negros asientos
donde iban los ciegos que robaban el pan.
En el  mismo  vagón de los guar,dias del 32
( que hicieron mierda la zona occdental)

y donde yo maté aquel año
leyendo  los  itinerarios  de mi país.

 

 

MELLO, Thiago de.  Poetas da América de canto castellano.  Seleção, tradução e notas de Thiago de Mallo.  São Paulo: Global, 2011.  495 p.    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Tradução de THIAGO DE MELLO:

 

 

A CIDADE E A POESIA

À minha pobreza e a meu ofício peço contas
cada dia, ao declinar meus despertares, toco o
mistério

de cada uma das coisas deste mundo. Do mar fica
a espuma

solitária e delgada, quase no ar,

meus dedos ficarão vazios, fazendo sinais

e meus olhos de novo se rodearão de escuridão.

Sempre a cidade lá fora, entre as frutas

e o apodrecido cheiro da concha ou a solene angústia

dos hospitais

 

Toco meu coração para ver a cidade e querê-la com
sua febre,

com sua luz encolhida nos subúrbios.

Abro meus olhos para ver sua miséria, sua pobre

        gente silenciosa
quando a noite declina.
É a hora da luz dolorosa das fábricas
do espasmo e das furiosas engrenagens,
esta beleza desconhecida pelos antigos,
esta cidade formosa e enferma.

 

À minha pobreza e meu ofício peço contas nesta
hora.

Hoje a meus vinte e cinco anos de idade,
o solitário,

contemplando a débil luz das fábricas,

ouvindo o grito das parturientes.

Eu, o perseguido, enfermo no cinema,

Eu, o desvelado, o poeta,

Eu, o que não sou e estou em toda parte.

 

À minha pobreza e a meu ofício peço contas.
Que hino cantarei? Em que batalha combaterei?
Onde estou?
Em que poço?

Hoje escrevo para todos ainda que ninguém me
entenda.

 

Que importa se me entendem? Se a poesia sempre foi

        terrível,
escura e frágil,

se os poetas sempre fomos inimigos da ordem,

calculadores da bondade?

Oh, abri as portas, deixai entrar a luz.

 

 

 

TODA CABEÇA ENFERMA

 

Toda cabeça enferma, todo coração dolente,

não há coisa ilesa senão feridas.

Nada está curado, nem suavizado com azeite.

Nosso país está destruído,

nossas cidades postas a fogo,

nossa terra diante de nós comida de estrangeiros

e arrasada como arrasamento de estranhos.

 

Aqueles que estabelecem leis injustas e determinando

prescrevem tiranias,

para levar os pobres à loucura.

Quem nos ajudará quando chegar de longe o

        arrasamento?
Onde ficará toda a sua glória?
Grita oh porta, clama oh cidade porque virá fumaça
e não restará um só em suas assembleias.

 

 

 

MINHA PRIMEIRA VIAGEM DE TREM
A SAN SALVADOR

 

A Claribel Alegria

 

De trem a San Salvador, naquele ano, lendo os

itinerários de meu país.
Vendo os montes, as crianças de cócoras,
o policial metido na centina
a mãe na minha frente como Madame Bovary.
Formoso foi meu país visto de trem
com seus mendigos em cada estação, fedendo a

        esterco;

e seus rios carregados de cadáveres
correndo rio abaixo.
Foi a primeira e a melhor das viagens.
Mãe mostrava as flores grandes.
Longe riam extenuados os assaltantes de caminhoss;
— Alfonso, tu vais gostar da basílica? — perguntava
minha mãe
e eu sentia a febre das imagens bonitas
do meu país.
Ali nos negros assentos
onde viajavam os cegos sque roubavam o pão;
No mesmo vagão que chegaram os guardas do 32
(e fizeram merda na zona ocidental)
e onde eu viajei naquele ano
lendo os itinerários do meu país.

 

*

 

 

VEA y LEA otros poetas de EL SALVADOR en nuestro Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/el_salvador/el_salvador.html

 

 

 

Página publicada em maio de 2021.

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar